Lei da Terça - Uma Viagem Sensorial pelos vinhos Ícones da Sogrape na Quinta do Seixo
O intrigante Castas Escondidas 2021, onde se pretende valorizar as castas minoritárias do Douro. E uma fascinante prova comparativa de Quinta da Leda 2011 vs 2021. Dois anos que refletem o ano Vitícola e enológico. 2011 traduz o Douro intenso e quente, de grande concentração e longevidade. 2021 traz o Douro moderno: elegância, frescura e definição aromática.
Seguimos para 2 vinhos do Porto de Tinta Roriz de 1999, comparando parcelas com e sem monda de cachos — o que permitiu ver o impacto da monda de cachos (controlo de carga) na qualidade de cada vinho. A monda contribuiu para maior concentração fenólica, taninos mais maduros e melhor capacidade de envelhecimento. O vinho mostra maior equilíbrio e frescura. Enquanto que o vinho sem monda originou menor densidade aromática e estrutura mais frágil, acelerando a sua evolução.
Encerrámos a noite em grande estilo com um Porto Vintage 2016, celebrando a evolução, a memória e a alma do Douro em cada taça.
Num momento como o que o Douro atravessa, marcado pela quebra no consumo de Vinho do Porto, é fundamental reinventar este produto, tornando-o mais próximo de novos públicos, sem perder a sua identidade e valor económico, especialmente tendo em conta os elevados custos de produção que envolve.
O objetivo era proteger a qualidade e a reputação dos vinhos do Porto, evitando fraudes e estabilizando os preços. A sua origem remonta ao século XVIII, durante o Marquês de Pombal, quando foi instituída a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (1756). Ou seja, “Lei do Terço” significa que apenas um terço (1/3) da produção total de vinho do Douro de determinado produtor podia ser fortificada e comercializada como Vinho do Porto, enquanto os outros dois terços seriam destinados a vinho de mesa ou a outros fins.

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