O vinho na História da Humanidade



O vinho faz parte da cultura de todos os povos, desde a antiguidade até os dias de hoje.  O vinho talvez seja a mais rica historicamente e a mais simbólica bebida de todos os tempos.
Do ponto de vista econômico, ele sempre foi importante em muitas regiões, algumas das quais são hoje líderes na produção e consumo mundial, tais como: França, Itália, Espanha, Portugal e outros.  Também o vinho é hoje feito em regiões que até recentemente não o produziam tais como: Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Chile, Argentina, Uruguai, Brasil e outras.

A viticultura e a vinicultura têm suas histórias, pois ambas se desenvolveram através dos séculos sob a influência de necessidades, experiência, tradição, pesquisa científica e tecnologias.
As videiras cresciam em árvores, depois foram guiadas por treliças e agora estão em forma de lira, latada e espaldeira, sendo esta última a mais utilizada no mundo do vinho. Também o hábito de esmagar as uvas com os pés cedeu espaço para as prensas manuais, depois mecânicas. A colheita manual foi substituída pela colheita mecânica, em vários lugares.
As técnicas de vinificação do vinho também foram modificando-se, principalmente, com a tecnologia e novos recursos como: adição de tanino em pó; chips de carvalho; adição de ácido tartárico; osmose reversa, chaptalização, etc...
Embora o sabor do vinho seja predominantemente  resultado do tipo ou dos tipos de uva utilizada, que por sua vez é altamente influenciado pelo solo e pelo clima, é indiscutível que muitas características do aspecto, do aroma e do sabor são resultantes de decisões tomadas durante a vinificação.
Ao longo do tempo, o sabor do vinho foi mudando e,  hoje, principalmente, com a tecnologia e novas pesquisas, consegue-se um  vinho de mais qualidade e que atenda as demandas do mercado consumidor.
Duas concepções de vinho, a partir da globalização, surgiram no mundo: vinhos do Velho Mundo e do Novo Mundo e, ainda, terroir e tecnologia (winemarkers).
No mundo contemporâneo, essas concepções são bastante discutidas, atribuindo-se ao Velho Mundo (Europa ) vinhos onde o clima, solo e tradição são, praticamente, sinônimo de terroir  e comparados aos do Novo Mundo (Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, África d o Sul, Chile, Argentina, Uruguai, Brasil e outros) que utilizam mais recursos tecnológicos e menos a tradição.

Um marco nessa discussão foi a prova de vinho, às cegas, realizada  em Paris, conhecida mundialmente, como o Julgamento de Paris,  no dia 24 de maio de 1976,  onde uma comissão composta em sua maioria por franceses, elegeu um vinho americano da Califórnia, como o melhor, em detrimento de grandes caldos franceses.
O evento mudou a história do vinho, mostrando que produtores de novas regiões podiam competir com os  tradicionais  da vitivinicultura.
Essa prova também abalou dois mitos: vinhos extraordinários podem ser feitos em outros lugares, além do terroir francês  e que não ter uma longa tradição em vinicultura não impede que se façam vinhos de qualidade.
Hoje, mais de cinqüenta países produzem vinho pelo mundo afora e o consumidor tem tanta oferta não só de tipos de vinho como também de faixas de preço.

Comentários

Mensagens populares