Vinhos de Altitude da Serra Catarinense - Apresentação
A Associação Brasileira
de Sommelier – ABS/Rio preparou uma visita didática à Serra Catarinense para
que alguns de seus associados pudessem conhecer algumas vinícolas que elaboram vinhos
finos de altitude.
As excelentes condições
geográficas, climáticas e o solo levaram Santa Catarina a se destacar na vitivinicultura
nacional.
As altitudes variam de 900 a 1300 metros, mas
em alguns pontos do planalto catarinense ultrapassam 1.400 metros e o clima
frio, cuja temperatura chega a cair abaixo de zero, mas com uma faixa média que
apresenta a máxima entre 25 e 28 graus e média mínima entre 3 a 5 graus
centígrados, contribuem para que esta amplitude térmica seja um fator bem
favorável ao desenvolvimento de uvas viníferas de qualidade e com muita acidez.
A pluviosidade de
1400mm/ano é alta, mas a pressão atmosférica baixa e a maior proximidade do sol
nas altitudes elevadas auxiliam na evaporação hídrica, concentrando os
nutrientes, favorecendo a maturação fenólica e a formação de açúcar.
O solo é pedregoso, com
cascalhos, ou franco argiloso, de baixa fertilidade e boas condições de
drenagem, o que contribui para o estresse da videira e, consequentemente, bons
frutos. A condução é, normalmente, no sistema espaldeira simples, guyot ou
cordão esporonado. Normalmente, os vinhedos são cobertos com redes antigranizo.
Os vinhedos são jovens,
alguns com 16 anos e outros entre três a cinco anos, o que faz com que a
produção não seja muito elevada, mas a tecnologia utilizada é de ponta e bem
avançada. A grande preocupação dos enólogos é com a videira, com o campo e,
principalmente, todos apresentam uma paixão pelo que fazem. Os vinhos de altitude são, na verdade, vinhos
de muita atitude, dedicação e paixão.
Após chegarmos a Florianópolis,
fomos em direção a São Joaquim. Ficamos hospedados no Hotel São Joaquim Park
Hotel (bem razoável e possui aquecimento central).
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